Prisão de ventre é ruim para qualquer pessoa, mas pode ser ainda mais desconfortável para bebês e crianças. Afinal, os pequenos ainda estão em fase de desenvolvimento e não conseguem entender a importância do ato de fazer cocô para a saúde.
A constipação intestinal infantil, também conhecida como prisão de ventre ou intestino preso, é caracterizada pela dificuldade ou esforço incomum da criança para evacuar. O sinal de alerta dos pais deve ocorrer se a criança ou bebê evacuar duas ou menos vezes por semana.
A partir de 1 ano, a criança tem que evacuar, no mínimo, três vezes por semana. Mas o ideal é que isso ocorra diariamente e que as fezes tenham aparência normal: consistentes, em volume adequado, nem escuras nem claras e úmidas.
Para sanar as dúvidas mais comuns, o IMEPE, clínica especializada em pediatria de Brasília/DF, produziu um artigo com as principais dicas e orientações para que os pais saibam o que fazer no caso de seus filhos estarem com intestino preso. Confira:
Como identificar a prisão de ventre infantil?
Fique de olho no comportamento da criança e veja se há incomodo abdominal, dor na barriga, fezes duras e ressecadas ou sangramento. Mesmo aquelas que ainda não falam costumam dar sinais de que há problema no intestino.
Nos bebês e crianças pequenas é mais fácil notar indícios de constipação, porque a fralda acaba sendo aliada dos pais. Se as trocas somente ocorrem por conta do xixi, tem algo de errado por aí.
Nos mais grandinhos, o jeito é monitorar as idas ao banheiro e sempre perguntar se está tudo certo com o cocô. Se você acostumá-los desde pequenos com isso, provavelmente não haverá estranhamento.
O que pode causar a constipação nas crianças?
Em geral, há duas principais causas que deixam os pequenos com o intestino preso:
- Problemas na dieta alimentar
- Problemas comportamentais
Caso o seu filho já esteja comendo alimentos sólidos, então pode ser essa a causa do problema. É necessário saber se o alimento dado a ele não está contribuindo para a prisão de ventre. Isso ocorre quando há baixo teor de líquidos e/ou fibras na comida.
Os problemas comportamentais que podem se associar à constipação incluem estresse – decorrente, por exemplo, do nascimento do irmão ou da irmã nova –, resistência ao uso do banheiro e um desejo de controle. Algumas demoram mais para largar a fralda e tem dificuldade em evacuar em vasos sanitários ou penicos. Tem criança que prende propositalmente porque quer ficar brincando com os coleguinhas. Além disso, há situações onde a criança pode reter as fezes porque está com uma fissura anal que dói.
Nas crianças que não evacuam quando a vontade natural surge, o reto acaba se distendendo para acomodar as fezes. Depois que o reto se distende, a vontade de evacuar diminui, e cada vez mais fezes se acumulam e endurecem. Vai se formando um círculo vicioso que piora cada vez mais a prisão de ventre e pode desencadear outros problemas.
Há uma terceira causa, bem mais incomum, mas que também pode ocorrer: o uso de medicamentos, distúrbios físicos ou toxinas. Nesse caso, somente a avaliação criteriosa de um médico poderá determinar a causa.
Como acabar com a constipação infantil?
Como a maioria dos casos de prisão de ventre é associada à alimentação, a solução costuma ser bem nessa linha.
Estimule o consumo de frutas, água, sucos, fibras, vegetais e cereais integrais, pois podem ajudar a regularizar o intestino da criança. Por outro lado, deve-se evitar alimentos causadores de constipação como leite, queijo, massas, batata, farinhas e banana-maçã.
Esses hábitos alimentares devem ser diários e alternados, possibilitando refeições equilibradas para as crianças.
A atividade física também é essencial para o bom funcionamento do intestino. Deixe o menino e a menina correr bastante, jogar bola, pular e se mover o máximo que puder.
Tome muito cuidado com receitas caseiras e medicamentos como laxantes e supositórios. Este tipo de alternativa é mais extrema e só deve ser utilizada com indicação médica.
Se a causa do intestino preso for orgânica, decorrente de medicamento, toxina ou doença, os pais não poderão fazer nada além de procurar ajuda médica especializada.
Recomendação do IMEPE
O pediatra e gastroenterologista Dr. José Tenório de Almeida Neto explica que os pais devem procurar um médico se a mudança alimentar não resolver o problema. “Alterações no funcionamento intestinal devem ser observadas e avaliadas pelo pediatra. Isso pode causar sofrimento para a criança e desencadear traumas físicos e mentais se não for tratado”, ressalta.
Dr. Tenório recomenda que as crianças sejam avaliadas por um médico se o intervalo entre a defecação seja dois ou três dias maior do que o normal. “Se os pais tentaram de tudo e a criança está ficando 4 ou 5 dias sem evacuar, busque ajuda imediatamente. É fundamental também avaliar se as fezes estão duras ou grandes, pois podem estar causando dor ou hemorragia na criança”, conclui.
Seu filho precisa de atendimento para prisão de ventre? Está sem evacuar há dias? Tem problema de constipação? O IMEPE é referência em gastroenterologia pediátrica no Distrito Federal.
Agende uma consulta com um pediatra do IMEPE e vamos conversar. Estamos localizados na L2 Sul, em Brasília/DF. Aceitamos diversos planos de saúde.
Autoria: Comunicação IMEPE